sábado, 14 de novembro de 2009

Está escuro!

O silencio da escuridão em que me encontro,faz-me ouvir uma espécie de passos. Ainda pensei que fosse o barulho dos meus batimentos cardíacos, mas não! Concentrei-me e deixei de ouvir passos, a apenas um tum-tum… tum-tum… tum-tum… Sim! Isto sim, era o meu coração a dialogar comigo, e a tentar mostrar-me o que lhe faltava. Tentei explicar-lhe que não era nada, e que não passava de uma teimosia , e necessidade inexplicável dele.

O barulho dos passos, oscilava entre presente e ausente. Só mostrava a insegurança da parte de alguém em vir ter comigo. Insegurança tal, que em apenas dois passos, tremia, e parava. Esperei , esperei e não vieste. Permaneci sozinha, mas uma coisa eu sei… Tu estavas la! O teu perfume era como um labirinto com destino, e cruzamentos, mais do que conhecidos, para mim! A tua respiração terna e silenciosa, tornou-se barulhenta ao som de todo aquele silencio em que me encontrara.

Tive medo! Estava escuro, e o desconhecido, assustou-me! Apesar de saber que eras tu, a tua ausência de semanas, tornou-te desconhecido para mim, e deixei de te ver como uma realidade presente, para uma necessidade ausente. Que raio de exigência a minha!

Não sei que cores vestias, mas uma coisa era certa! Tu e a tua arrogância que a mim me irrita e fascina, estavam la… Se me conheceres, como o pouco que de ti conheço, sabes que a ausência das tuas palavras me magoa mais do que as palavras feias, e sem brilho do teu dicionário. **

Não apareceste, e eu ainda não adormeci.

Continuo a esperar-te. A ti e á tua arrogância…

A temer por mais um dia da tua ausência. Podes magoar-me, mas aparece!

** Um dia, mostrar-te-ei as mais lindas do meu!

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