sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dentro de 4 paredes…

4 de Junho de 2009

Sim, é esta a definição de um compartimento normal como um quarto. Sempre o soube, mas hoje tive a prova disso. Sozinha no nada deste quarto, serviu para muita coisa, inclusive contar o numero de paredes … Que merda de paredes!!! São vocês que me fecham aqui dentro , quando o dia lá fora é belo. Falo sozinha e vocês não me respondem… Porque? Olho ao meu redor e nada vejo… as paredes estão pretas, e as fotografias desapareceram… que se passa? tento gritar, e a minha voz tende a desvanecer … mas porque?? Porque não me ouvem? São elas, eu sei! As terríveis paredes!

Grito, choro, corro, mas a área deste quarto não chega para me sentir liberta. O pouco ar que circula neste cúbico já não é o suficiente. Estou a sufocar… O oxigénio que entra , tende a sair. Como é irónico o facto de até o próprio oxigénio não querer circular no interior do meu corpo, quando pode estar cá fora. Compreendo-o, e por isso, não o detesto como detesto estas paredes. Tal como eu, quer sentir-se livre…

Estou a sufocar e os meus pulmões dizem-me que já não sou capaz de dizer mais do que 3 palavras. Desisto e como tal digo:

“Que merda de paredes!”

Nesta noite até o próprio espelho negava reflectir a minha imagem…

3 comentários:

  1. assuta a ideia de ficar preso. Assusta a ideia de uma cela, uma vida eterna preso entre quatro paredes... mais do que a morte, ou a dor... assuta-me estar preso. Ver a minha simples existência "encalhada" em "4paredes". Se morresse nao estaria lá, pois não. Se tivesse dor estaria a ser tratado e nao dentro de quatro paredes. Apertado ali. Condenado ao esquecimento e á loucura.

    Partilho a tua opinião.



    (Gostei de ver o teu comentário... )

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  2. Todos nós temos um quarto destes. Se cada um desse um nome ao seu quarto, este seria certamente diferente, conforme a pessoa que o baptizasse.
    Independentemente do nome, continua ter quatro paredes. Espreitamos pela janela um sem número de vezes, sonhando com o que há para lá daqueles vidros... falta-nos uma coisa: coragem para abrir a porta e sair. O medo do que pode existir lá fora é tanto que nos leva ao sufoco... o oxigénio no quarto já não é suficiente. Temos que sair a correr... e depois, logo se vê.

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  3. Tolaa :)
    Olha bá, quando te sentires assim basta dizeres, annaaa, anda caa :D
    e eu vou logo, fazer a rave contigo! oh parva.
    Bazinha, obrigada por seres quem es, e por estares comigo quando preciso
    adoro-tee, ja sabes :D*

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