sexta-feira, 19 de junho de 2009

Medo

Todos o temos! ( Admito, eu tenho tantos!)
O medo é nada mais do que um impasse a algo. Impasse a tudo o que queremos, mas que por fraqueza, acaba por ser algo em vão.
Oh, que sentimento feio este… faz-me perder tudo que de bom e mau há nesta vida. Sentimento rebelde e com vida própria , que assusta os meus dias, e me faz conduzir a minha vida em função de si mesmo. Para! Somos tantos! Porque tenho de te ter TANTO na minha humilde e pequenina vida?
Nós, pequenos imortais , acabamos por perder mais tempo pensando se somos capazes ou não , e para isso, e se deveremos ou não enfrenta-lo. Muito raramente o enfrento (mas já o fiz)…
O medo para além de ser assustador, escuro e malicioso, torna-me fraca, previsível, e facilmente manipulável. Infelizmente depois de tanto cedermos, a tendência a o fazermos torna-se cada vez maior. Foram estes pequenos e enormes medos, que me tornaram fraca, sem força para contrariar o mundo, e como tal, hoje, sou a primeira a recuar, quando a realidade em equilíbrio me sai fora de controlo. Sou a primeira a desistir, e dizer… “deixa! Talvez na próxima oportunidade!”
São estes nadas que nos impedem não só de não saltar de uma ponte, andar de avião, mas também são eles que nos impossibilitam de optarmos pelo caminho mais perigoso, mas que no fundo sabemos que é o que nos fará mais feliz.
Ansiava para que depois de tantos recuos pudesse afirmar que me sinto segura, mas não… Não me sinto. E porque? Não sei...
Tenho medo de cair, mas quem sabe se não serão essas quedas, e o corrimento de sangue pela minha cara, que me fará acordar , crescer e evitar o mesmo erro, quando ele se voltar a aproximar de mim, na próxima oportunidade. Para além de eu recordar essa imagem, por mais que os anos passem, com a queda, e com a consequente hemorragia, uma certa quantidade de medo sairá, por mais pequena que seja.


Infelizmente,o medo ainda continua a correr nas minhas veias, e tal como em qualquer patologia, a única solução, será a busca à sua cura. E então?
Sabem qual é a cura?

Eu não… mas quando souberem, digam-me…

Não quero “morrer “ com e por medo…

3 comentários:

  1. O medo, de uma forma generalizada, não tem cura. Podemos enfrentar, ultrapassar um medo, mas haverá sempre outro que nos aparece pela frente. É também do medo que vivemos... imaginemos a nossa vida sem medo: Fazemos qualquer coisa sem pensar naquilo que irá decorrer do nosso acto. Não temos medo, agimos sem pensar duas vezes. Deixamos de sentir a felicidade de conseguir algo que achávamos difícil mas em que tivemos sucesso, porque nos atiramos de cabeça a pensar que se não correr bem, paciência... não temos medo.
    Dizemos tudo o que nos ocorrer em cada momento sem medo da reacção do outro, levando a que a relações entre nós percam quase todo o interesse.
    Seria assim tão bom vivermos sem medo?

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  2. epa eu tento sempre ir comentando os blogs que sigo mas o teu todos os dias tem novos posts torna-se complicado pa uma pessoa estar a par...deixo aqui saudações ao senhor André Morais pelo seu religioso compromisso para com este blog, é mesmo de saudar. Apesar de os blogs que eu normalmento sigo serem um pouco diferentes deste, gosto de vir aqui de quando em vez e ver que a rapariga que eu conheci quase como criança agora já não o é...cresceu, e assim eu vejo que só falto memo eu...já a minha mãe dizia: "vê la se cresces!!" prometo que é po ano...
    Falando agora do texto em si: convém que exista medo nas nossas vidas, é o medo que nos faz não querer guiar a 100km numa localidade e é o medo que nos faz querer sempre mais ( não há melhor sentimento que o de ultrapasar um medo) eu bem sei como me senti quando me passou o meu medo de aranhas...à conta disto, ontem, tive um dos dias mais felizes da minha vida...
    Bem finalizo este comment com a seguinte mensagem: vai tendo medo que é sinal de que estas viva e pronta para os superares...menos o de guiar a 100km nas localidades, esse é bom continuar a sentir...

    igor gonçalves

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  3. Comento segunda vez para agradecer o elogio do amigo Igor (permita-me a liberdade de o tratar assim), mas dispenso a parte do "senhor"... faz-me sentir velho e não tenho ainda idade para isso.
    Conheci também a Bárbara ainda como criança e habituei-me a vê-la como a irmã de uma grande amiga e não como uma "menina" qualquer. Talvez tenha sido isso que me levou a manter um grande carinho por ela.
    Este "blog" revelou-me um lado dela que eu desconhecia, mas do qual gosto muito.
    Aproveito para deixar um grande beijinho e um voto de força para que os posts continuem a aparecer.

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